Chimarrão

Amigos tomando chimarrão

Quando os espanhóis por aqui chegaram, encontraram os índios guaranis dóceis e receptivos, já então utilizando uma bebida que sorviam em cabaças por meio de um canudo, preparada, com folhas de uma árvore nativa da região chamada “cáa” dizendo que esta lhes havia sido dada pelo deus Tupã. De imediato os espanhóis adquiriram este hábito e passaram a tomar o chimarrão, desde os soldados até oficiais, sem distinção de classes sociais.

O chimarrão, tradicional e salutar hábito do sul do Brasil, é um símbolo da hospitalidade do gaúcho, que oferece sempre a qualquer visitante. Atualmente, é bebido em uma cuia onde depositamos um pouco de erva-mate já moída e de onde sorvemos o líquido (água quente sem ferver), através de uma bomba de metal.

O costume de tomar chimarrão está bastante difundido, tanto no meio rural como no urbano e faz parte da vida do gaúcho desde o amanhecer até a noite, quando encerra suas tarefas do dia.

Destaca-se principalmente que o chimarrão é estimulante da atividade física e mental, atuando beneficamente sobre os nervos e músculos eliminando a fadiga. Observa-se também que o efeito estimulante do chimarrão é mais prolongado que o do café, sem deixar efeitos colaterais ou residuais como a insônia e a irritabilidade. Por outro lado, o chimarrão atua sobre a circulação, acelerando o ritmo cardíaco e harmoniza o funcionamento bulbo-medular. Age também sobre o tubo digestivo, facilita a digestão e favorece a evacuação e a mictação. É considerado ainda um ótimo remédio para a pele e regulador das funções do coração e da respiração, além de exercer importante papel na regeneração celular.

O chimarrão combate o colesterol ruim, diabetes e até emagrece, causando uma queda média de 10% a 12% em colesterol ruim, o que foi constatado em uma pesquisa feita pela UFSC.